cama

Não me apaixonei pelo seus olhos entreabertos de manhã que fajutos me beijavam os lábios. Não me convenci com os braços que me entrelaçaram e arrastaram para o banho quente e apertado - contra um abraço espreito à espera. Ignorei a sede que me matava frente à tua boca molhada. E relutei, mordi o lábio, cerrei os olhos, cruzei as pernas, fiz cara de brava. - Eu não me apaixono, rapaz. - E deito aqui do teu lado, abro minha boca - de lábios duros - e digo com essa voz que treme à cada movimento seu o que eu não me canso de dizer a cada palpitação minha: Não vá pra casa ou pra longe de mim, eu não me apaixono. Eu não me entrego. Eu não amo ninguém. Mas fica aqui.