A fé me parece como aquela moça bonita demais - que se sabe madura no pé - e faz pouco caso do bombom recheado que a mão do moço estende de olhos baixos. E meus olhos - que também são os olhos desse moço - tem medo de encará-la e ver que essa bobagem toda que a gente inventa de esperança é apenas uma parte de nós que já se sabe consciente do susto que vai tomar com aquele filme de terror, e ainda assim, grita alto o medo já conhecido. Fico de olhos baixos por aqui, com essa chama fria de esperança que a fé sempre alimenta, com medo de subir os olhos e ver que todo o mal que eu acredito existir realmente estar ali. Que Deus me dê forças.