campo de batalha

Minha guerra é perdida. Sequer pertenço a esse campo lamacento de batalha no qual sujo meus pés descalços. E aqui estou: alvo fácil, peito descoberto, um círculo no meio da testa que grita - mate-me!, e agora regozija a dor prévia da perda de algo que na verdade nunca possuiu. Meu leito é puro sangue, vermelhas mãos e colo nos quais meu inimigo se lambuza. E eu sigo caminhando nesse campo minado, ora me paro – olho minha volta, suspiro, choro. Ora fecho os olhos e peço aos céus proteção divina – me ajude meu bom deus. Segure a mão de sua menina. 

Abro os braços

E corro de olhos fechados ao seu encalço.