Queria lhe contar a estória de uma menina que nasceu neste mesmo mundo que você, cresceu, amou, viveu, teve seu coração partido e sofreu, como tantas vezes você também o teve. E corações partidos, todos sabemos, não são providos apenas pelos dissabores que paixões de acampamentos de verão nos despertam, mas também pelas frustrações das expectativas reais e irreais, dos dias de chuva em que não se há um bom edredom pra socar-se embaixo, das manhãs corridas que temos que pular o café - E como dói! E esta menina viu-se perdida tantas vezes, pra reencontrar-se outras tantas e saber que logo no próximo ponto em que descesse seu coração seguiria à esquerda e ela rumaria à direita, porque é sempre complicado chegar a um acordo, mesmo quando com nós mesmos. Ela cresceu, amou, sofreu, como tantas vezes você também, meu amor. E o que eu quero te mostrar com tudo isso é que, não importa o tipo de grafia, a quantidade de parágrafos, não importa se papiro ou se papel, se conto ou se romance, nada disso importa. Há histórias em cada par de olhos apressados que você cruza tantas e tantas vezes, também apressadamente. E são excelentes histórias, tenho certeza. Assim sendo, caro leitor, te questiono: você leria comigo um bom livro? Estampado na pele de cada pessoa anônima que cruza o seu caminho - e que você sempre esquece ser alguém.