Eu moraria em você. Nesses braços que esticam os músculos ao acordar, na altivez das decisões ébrias de madrugadas desimportantes. Te ensinaria o sim pelo não e a abrir os olhos com a calma de quem ainda não tem certeza que enxergará. Moraria em sua língua no amargar do café sem açúcar - esse baque de realidade que já nos ensinaram: "a vida não é doce". Moraria sim, menino. Nesse cômodo desarrumado que você chama coração.