uma história de amor

Seu olhar cruzou divertido com o meu às 7:00 horas de uma manhã de quinta-feira -Quem olha sorridente numa hora dessas?- te perguntei e você não quis responder, e agora depois de tantos anos confesso que me deu vontade de te fazer cócegas, a qual controlei bem, rezam os fatos. 

Fui prudente, não me perdi instantaneamente em sua lábia, mesmo que quisesse, concedi à você o prazer da trabalhada conquista, deixando um olhar de falsa represália nas brincadeiras de cunho mais intimo, nas investidas mais ousadas, mais libidinosas. Acho que foi aí, no olhar corrugado que você soube que já era sua.

E então os papéis se trocaram -certo? Eu fingia não te amar e você fingia não me possuir. Jogo atrevido que travamos por longos anos pela sempre certa 'batedeira' que causava. Que emoção! Você era meu, eu era sua. E era tudo ponto final. Esquecemos das reticências...

Não tomamos sol nem chuva. Não nos arriscamos nos perigosos penhascos que a vida a dois propicia, nos amamos em silêncio, sem perigo e por isso, para sempre.

da sua, sempre sua