"Não se esquecer, para que não se repita."
- Eu tô largando meu marido.
Foi assim. Sem um 'oi', sem apresentações, sem afinidades. Ela estava largando o marido. Mas além de largar o marido ela estava me comunicando que o fazia.
Como não disse nada, prosseguiu:
- A gente ficou casado quatro meses só.
- Entendo.
- Agora eu tô indo embora. Tô largando ele.
Não sabia se perguntava o motivo do desenlace, talvez não devesse, talvez fosse doloroso, mas enquanto pensava ela logo contou:
- A gente morava na minha sogra.
- Ah...
- Ele não sabe viver sem a família. A família controla ele. Eu disse: ou eu ou a sua mãe. Ele ficou com a mãe.
Ele ficou com a mãe, meu Deus. Ele ficou com a mãe. Que espécie de homem fica com a mãe?
- Ficou lá. Ela não gosta de mim, ela controla ele.
- Sogras...
Ela me olhava. E me implorava qualquer conselho, qualquer consolo. Seus olhos me diziam: diga para eu ficar, para tentar recomeçar, tentar novamente. Diga que não é preciso tanto drama, que as coisas se ajeitarão. Diga que ele me ama e eu o amo também e que apesar de nossos tortos caminhos nós estaremos seguros um entrelaçado nos braços do outro.
E eu disse:
- Você agiu bem.
Ela se abaixou, pegou a sacola pequena e entrou no ônibus. Sem lágrimas, sem medo. Dando o primeiro passo para seu caminho de liberdade.
Eu queria ser um pouco como ela.
Foi assim. Sem um 'oi', sem apresentações, sem afinidades. Ela estava largando o marido. Mas além de largar o marido ela estava me comunicando que o fazia.
Como não disse nada, prosseguiu:
- A gente ficou casado quatro meses só.
- Entendo.
- Agora eu tô indo embora. Tô largando ele.
Não sabia se perguntava o motivo do desenlace, talvez não devesse, talvez fosse doloroso, mas enquanto pensava ela logo contou:
- A gente morava na minha sogra.
- Ah...
- Ele não sabe viver sem a família. A família controla ele. Eu disse: ou eu ou a sua mãe. Ele ficou com a mãe.
Ele ficou com a mãe, meu Deus. Ele ficou com a mãe. Que espécie de homem fica com a mãe?
- Ficou lá. Ela não gosta de mim, ela controla ele.
- Sogras...
Ela me olhava. E me implorava qualquer conselho, qualquer consolo. Seus olhos me diziam: diga para eu ficar, para tentar recomeçar, tentar novamente. Diga que não é preciso tanto drama, que as coisas se ajeitarão. Diga que ele me ama e eu o amo também e que apesar de nossos tortos caminhos nós estaremos seguros um entrelaçado nos braços do outro.
E eu disse:
- Você agiu bem.
Ela se abaixou, pegou a sacola pequena e entrou no ônibus. Sem lágrimas, sem medo. Dando o primeiro passo para seu caminho de liberdade.
Eu queria ser um pouco como ela.
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